Comunidade Divino Pai Eterno


Surge, em 1982,  mais um bairro no município de Piracicaba. E uma pequena Capela no meio do bairro, doado pela construtora Balbo, o povo começa a se reunir para celebrar a fé. Dom Eduardo Koaik, então bispo diocesano, em 1983, trouxe da cidade do Rio de Janeiro as Irmãs da Congregação de Nossa Senhora de Lourdes, para trabalhar nesta comunidade. Assim, a pequena Capela passou a se chamar Capela Curada Divino Pai Eterno, desmembrando-se da Paróquia Santa Terezinha, a quem estava ligada, sob responsabilidade de Pe. Luís Carlos Zotarelli.
Irmã Goretti, foi a primeira a chegar nesta comunidade. Com sua sabedoria e fé, instruiu o povo a viver em comum união com o Divino Pai Eterno e com Nossa Senhora de Lourdes. Passados alguns anos, em 1986, chegou a Irmã Fátima. Para auxilia-las, Dom Eduardo deu à comunidade seu primeiro Capelão, o salesiano Pe. Dilhermano Gusati, para celebrar as missas para o povo nos finais de semana. Além da espiritualidade, Pe. Dilhermano e as irmãs trabalharam na dimensão social da Comunidade: construíram uma pré-escolas, onde as crianças recebiam preparação escolar e espiritual, ministradas pelas professoras Marlene Estros e Célia Regina. Pelo serviço social prestado por Irmã Fátima em socorrer doentes, encaminhar os documentos para os idosos se aposentarem, assistência no bairro Boa Esperança e, toda semana, a busca de doações feitas pelo Ceasa para ser distribuída aos mais necessitados, a comunidade ganhou de Dom Eduardo uma perua Kombi, que era usada no seminário de Santa Bárbara D’Oeste. Na ocasião, Pe. Dilhermano e Ir. Fátima conseguiram conscientizar o povo do bairro a eleger um vereador para representar a comunidade. Com esse vereador eleito, conseguiram junto á Câmara de Vereadores e à Prefeitura Municipal as seguintes obras: arborizar a lateral da pista, fazer uma escola primária e ginasial, creche, posto de saúde, centro comunitário e disponibilidade de mais horários de ônibus para atender as necessidades da população do Parque Piracicaba e imediações. Também houve um forte trabalho deles na evangelização no bairro, sendo selecionados 72 discípulos, com visita as casas e celebração da santa missa toda quartas-feiras na casa de famílias designadas pelas Irmãs. Em 1992 a Madre superiora da Congregação das Lourdinas nos envia novamente Ir. Goretti, para substituir Ir. Fátima, a qual deu início aos estudos bíblicos e formou grandes parte das Pastorais que existem até hoje. Foi ela também que fundou a Capela Nossa Senhora de Lourdes, no bairro Vale do Sol. A terceira a passar em nossa comunidade, foi a Irmã Sônia em 1995. Com sua garra, realizou grandes festas, arrecadando verbas que foram revertidas na compra de duas residências em frente a Igreja Matriz, local hoje referido com “Centro de Formação” e “Salão de Festas Paroquial”. Foi ela que fundou, no Bairro Gran Park, a comunidade São José. No ano jubilar de 2000, chega a nossa comunidade Irmã Rosita, juntamente com a Irmã Joana. Foi o período em que a nossa “Capela Curada” , passou a ser chamada “Quase Paroquia”, por determinação do bispo diocesano.
         Irmã Rosita era muito organizada e prudente. Conseguiu trazer dinheiro da Alemanha para a construção da nova Igreja e, juntamente com o montante da poupança da Igreja,  começou a ampliação em torno da Igreja. Quando as colunas da nova Igreja Matriz começaram a ser erguidas, Irmã Rosita foi transferida. Com sua transferência, a comunidade recebe em seu lugar a Irmã Luciene, no ano de 2002, a qual já havia passado pela comunidade como estagiária em anos anteriores, mas agora ocuparia o cargo de responsável pela administração e pastoral da Quase-Paróquia Divino Pai Eterno. Mulher determinada em suas convicções, na construção da nova Igreja Matriz trabalhava literalmente junto a equipe de mutirão, dizendo que “era necessário dar exemplo”. Até o momento que permaneceu na Quase-Paróquia, terminou de erguer as colunas e, demoliu a antiga capela, passando as atividades para o Salão Paroquial.  Realizou também um bonito trabalho com as pastorais, conscientizando-as de que todas tinham o mesmo valor e que uma deveria ajudar a outra na obra da evangelização. Em 2004 foi enviada, então como responsável, Irmã Carmen, que também era muito organizada, responsável e amável, se apegava a todos com facilidade. Deu continuidade, tanto na construção da estrutura física de nossa nova Igreja Matriz, quanto em fazer a comunidade crescer espiritualmente. Nesta época, o Capelão era Pe. Daniel Stênico (Santa Olímpia), que celebrava as missas aos domingos. Ir. Carmen, na ocasião, foi interceder ao bispo Dom Moacir Vitti, pela vinda de um padre, pois a comunidade necessitava de um sacerdote com mais freqüência servindo a comunidade. Atendendo seu pedido, Dom Moacyr enviou o Pe. Agnaldo que, em comunhão com as Irmãs Lourdinas, ensinando as pessoas sobre a tradição da Igreja, sobre a importância das vigílias e adorações ao Santíssimo Sacramento, e formou o povo quanto a liturgia da  Igreja católica. Tendo a Madre Superiora percebido que a comunidade já se encontrava acompanhada de um Padre todos os finais de semana, e que estava bem estruturada (física e espiritualmente), determinou o fim das missões das Irmãs nesta Quase-Paróquia, dando-lhes ima outra nova missão. Enfim, se nossa Quase-Paróquia atingiu tamanha estrutura, devemos ser agradecidos a estas tão generosas irmãs. Aqui lembramos também os nomes de outras irmãs que ajudaram nesta Quase-Paróquia durante esses longos e bonitos anos: Irmã Regina, Zeloi, Roseli, Joana, Eliane, e tantas outras...”
           
            Como pudemos perceber, cada uma delas, com suas qualidades e convicções, ajudou a enriquecer nossa história e tornaram possível essa realização.